quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A EUA, a UBI e o novo Reitor


Li, com a maior atenção, o Relatório da EUA.

Alguns poderão ver este documento como mais uma ilustração daquela lei geral que diz que os portugueses precisam sempre que os outros digam – de preferência, em inglês – aquilo que há muito já sabem. Ou seja: que no se refere à maior parte das suas observações e recomendações, o Relatório aponta para coisas que são, há muito, do conhecimento geral – desde as queixas de estudantes e docentes sobre o funcionamento dos Serviços Académicos ao carácter pouco internacional da nossa investigação.

Um primeiro argumento contra essa visão é o de que é importante resumir, num só documento, todas as coisas que já sabíamos; e, ainda mais, quando esse resumo é feito por entidades estrangeiras e independentes.

Um segundo argumento, muito mais importante do que o anterior, é o de que o Relatório acentua, em vários dos seus passos, a necessidade de a UBI desenvolver uma nova visão estratégica (ver pp. 14 e 19, por exemplo).

A proposta dessa visão estratégica, feita de forma clara e fundamentada é, sem dúvida, uma das principais responsabilidades dos candidatos a Reitor da UBI – dos já anunciados e a anunciar.

Como o é, também, a de aceitar discutir, com toda a comunidade ubiana – e não só com os membros do Conselho Geral –, essa mesma visão de futuro.

Paulo Serra
(Prof. Associado de Ciências da Comunicação)

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