domingo, 1 de março de 2009

Cá e lá, segurar os estudantes

A notícia do NY Times , de que para segurar os estudantes as universidades americanas estão a fazer cortes em tudo menos na ajuda social, mostra-nos duas coisas: 1) que a situação difícil do ensino superior é geral e que se tem agravado com a crise económica; 2) que a prioridade das universidades está na manutenção da população estudantil.

A UBI precisa de mais alunos. Tem capacidade instalada para isso e necessita de fortalecer a sua massa crítica. Para isso não pode desguarnecer a retaguarda, o apoio aos alunos inscritos. É fundamental manter os alunos que já cá estão, até como forma de atrair novos alunos. A lógica dos centros comerciais e dos restaurantes também funciona nas universidades: quem tem gente atrai gente, quem tem pouca gente até esses perde.

8 comentários:

  1. Caro Prof. Fidalgo,
    Envio-lhe uma notícia sobre o nº de alunos que a U. Porto acolhe este ano. Em particular cerca de 500 brasileiros que deverão estar a “imigrar” ao abrigo de protocolos específicos. E, de acordo com os dados estatísticos, nem precisam de alunos (são os que enchem primeiro).

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1367129&idCanal=58

    Porque não podemos fazer o mesmo com alunos brasileiros? Há mtos colegas que têm tido contactos via e-mail de brasileiros interessados em virem para cá.
    Caro Prof. Fidalgo, se ganhar, sugiro que designe uma Comissão de trabalho para trabalhar neste domínio (angariação de alunos estrangeiros, de preferência de língua oficial portuguesa). Só assim haverá resultados.
    Um abraço,

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  2. Caro colega

    Enquanto Portugal tem um excesso de oferta no ensino superior, o Brasil tem carência de universidades. Se conseguirmos captar bons alunos no Brasil, isso é meio caminho andado para um futuro tranquilo da UBI.

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  3. Acho que as palavras chaves sao "bons alunos no Brasil"

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  4. Bom dia Professor Fidalgo!
    Fala uma antiga aluna de cinema.
    Da minha experiência como aluna e do pouco tempo que estive ai, posso referir que muitas das vezes não deram o valor aos alunos que eram de fora de Covilhã, como Alentejo, Trás os Montes ou mesmo Algarve.
    Digo da minha parte, que só me retribuíram 95€ de bolsa, quando eu morava 350 km de distancia da Covilhã, mas não é isso, também refiro na falha da acção social, 3 pessoas para tratar das bolsas quando os alunos são tantos e não só também gozaram na minha cara a dizer que Alentejo e Covilhã que era ali ao virar da esquina e na altura não tinham quarto na residência de estudantes para mim e a aula começava já na 2ªfeira e nesse dia que me fui matricular foi num sábado.
    Portanto da minha parte como estudante externa de Covilhã, me senti de parte, não tive acompanhamento, era tudo diferente, não havia acompanhamento ao aluno de quem queria arranjar um part time, tive que desenvencilhar sem sucesso nenhum.
    Acho que é uma forma que a UBI analisar bem, os alunos que tem.
    Alguma vez a UBI já pensou, se um dos motivos de os estudantes não quererem ir para a Covilhã será por ser uma das Univ Publicas com propinas mais caras, não haver meio para trabalhar e estudar ao mesmo tempo para ajudar pagar as despesas e etc.
    Bem mais não comento, achei que devia deixar aqui o meu relato de experiência para ponderarem bem no caso.
    P.S: os estudantes do brasil e dos paises do PALOP tem mais vantagens do que os de Portugal e tem mais descontos e pq os portugueses não tem direito a esses descontos??Mais uma razão para aproveitar do que Portugal tem para vos dar, como se costuma dizer, o que é Nacional é Bom.Pensem bem.
    Obrigada pela vossa atenção.
    Cumprimentos a todos

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  5. E já agora um reforço no GPRI. Tem lá só uma funcionária que, coitadinha, não consegue dar vazão a tantos programas: Erasmus, IAESTE, protocolos, etc... Tem de haver uma pessoa em full-time para cada programa, se não não se captam alunos pq não há resposta. Nos outros paises, o GPRI tem vários elementos. A UBI não pode poupar aqui. É essencial para dar apoio e captar alunos

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  6. gostei mm deste ultimo coment...
    pelo menos alg enunciou alunos externos à covilha.... ñ é usual falarem em transmontanos... somos o deserto e os pacóvios do sítio ñ é? Mas aí que é k os demais restantes portugueses pensam...
    mas ñ vim aki pa falar sobre a minha terra...
    realmente... ha coisas k inda m xegam a espantar nest país...
    preferem beneficiar os estrangeiros do k os alunos naturais d cá... sim sra... este país vai mm seguir em frente... e cair numa ravina, como so pode...

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  7. Cara Bee,
    A UBI tem de ser um espaço multicultural e com contribuições de diversas proveniências. Não é por acaso que as universidades americanas, alemãs e inglesas que têm maior percentagem de estrangeiros são as que estão no topo da procura, s que geram mais investigação, mais patentes e mais spin-offs. E ter cá estrangeiros, bons alunos, não significa que não haja lugar para os portugueses. Claro que há. Mas como temos excesso de universidades em Portugal, as mais pequenas, com a UB, não conseguem ter massa critica suficiente para competir com as maiores. A vinda de estrangeiros, desde que sejam bons alunos e bons investigadores, só ajudará a UBI a captar o financiamento externo que tanto necessita.
    Não veja as coisas pelo prisma proteccionista. O que não falta é espaço para portugueses no ensino superior em Portugal, e em particular na UBI.
    Talvez o Prof. Fidalgo possa dar aqui uma achega em como não há incompatbilidades neste ponto.

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  8. Boas!

    É por essas questões e muitas mais que o nosso Portugal não vai pra frente...enquanto mentalidades como: "O que é estrangeiro e bom"
    Não sou de modo algum racista...mas por vezes vejo situações que me deixam deveras revoltada!
    Tenho colegas que fazem um enorme esforço para estudarem na UBI, por vezes passam grandes dificuldades, aos quais são atribuídos bolsas mínimas.
    Existem por exemplos alunos estrangeiros, que alem de terem facilidades no acesso ao ensino superior (já tentei mais ainda não consegui perceber o porquê) tem bolsas bastante atractivas e devido a essas passam literalmente o ano a passear! Será isso justo?
    As bolsas não deveriam também ter em conta o aproveitamento do aluno?

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