O reitor necessita de colaboradores próximos para liderar a universidade na multiplicidade e diversidade de áreas e tarefas da governação. Vice-reitores e pró-reitores deverão constituir uma equipa coesa, trabalhando no mesmo sentido, concretizando nas suas áreas de acção as directrizes programáticas gerais definidas pelo reitor. Tais áreas de acção serão transversais a toda a universidade, e não haverá vice-reitores para esta ou aquela faculdade. Não é admissível, pois, uma equipa reitoral dividida, nem será tolerado que qualquer membro prossiga objectivos próprios, à revelia do determinado pelo reitor.
O reitor fará uma distribuição clara de tarefas, de modo a responsabilizar cada membro da equipa. Só assim será possível avaliar o desempenho individual de cada vice-reitor e pró-reitor. Para isso cada um terá a indispensável autonomia de acção e correspondente delegação de poderes. A competência e a eficiência que o reitor exigirá de vice-reitores e pró-reitores estará precisamente em relação directa com a autonomia concedida a cada um deles.
Por experiência própria e por análise externa do que se tem verificado na última década, creio que, neste capítulo, uma das falhas graves da UBI tem residido na excessiva centralização de tarefas no reitor, na falta de coesão da equipa reitoral, e na indefinição de funções dos vários vice-reitores. Sem autonomia de acção e sem definição de tarefas, os vice-reitores não passam de secretários bem pagos do reitor.
(excerto do Programa de Acção)
quinta-feira, 12 de março de 2009
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Não posso estar mais de acordo. Este modelo piramidal pontiagudo à muito que está esgotado. É um espartilho do crescimento, da autonomia das escolas/faculdades sem a qual torna difícil pedir/apurar responsabilidades.
ResponderEliminarRecentemente perguntei a um grupo de colegas de uma outra Universidade quem era o Reitor. Finalmente não consegui apurar se era o Sr. X ou a Sra. Y ...
Já agora gostaria de saber quais são as funções dos actuais Vice-Reitores. Será que alguém me pode dizer?
ResponderEliminarÉ verdade que o Prof. João Queiroz se demitiu de vice-reitor? É que ouvi isso por aí, mas no site da ubi ainda aparece como vice.
ResponderEliminarPois. Essa da estrutura matricial também vale a pena reflectir...
ResponderEliminarJá não é dos dias de hoje e apenas visa a defesa de interesses corporativos e de quem tem medo de investigar com os outros.
E admira-me aqui o prof. Queiroz, tão defensor de mais e melhor investigação. Deveria saber que isso exige interdisciplinaridade, cada vez mais e mobilidade de centros de investigação, como se faz nas grandes universidades de top.
Mais um ponto a favor do prof Fidalgo que é o único explícito que não defende a estrutura matricial
De certeza que esse não é um ponto a meu favor. Eu sou a favor da estrutura matricial da UBI. Votei-a na Assembleia Estatutária e defendo-a por razões científicas, pedagógicas e de economia de meios.
ResponderEliminarPedindo desculpa por usar este post, para um comentário que será mais de "off-topic", revelo aqui a minha vontade de que o prof. António Fidalgo ganhe a "corrida" a Reitor da UBI.
ResponderEliminarComo aluno de Ciências da Comunicação, fui aluno do prof. Fidalgo nas cadeiras de Semiótica e Retórica e foi nessa apaixonante aprendizagem que posso garantir ter tido a sorte de ter conhecido alguém de nível superior.
Tendo já lido no blog os testemunhos de quem, como a mim, o prof. Fidalgo encantou, revendo a minha opinião sobretudo no texto do prof. Rosa, gostaria aqui de tocar num ponto que acho fundamental, sem descurar todos os outros factores que são chave para a escolha de um Reitor.
É ponto assente que o Reitor é a primeira cara da UBI, e que toda a primeira impressão que de fora se vê e se quer boa para qualquer instituição é dada pelo Reitor e vivendo no mundo em que vivemos também pela sua força carismática.
Chegado a este ponto, devo garantir a quem tem a paciência de ler este texto, que a minha ideia para ele poderá até ser a mais superficial apresentada no blog e como tal, vale o que vale. Mas como não gosto de descurar nada, não descuro também a superficialidade assumindo o risco de falar nela e como tal a primeira impressão, que a muitos pode não interessar, é um ponto forte para se ser Reitor numa instituição que se quer em crescimento.
Num mundo cada vez mais visual, o espírito "finesse" conta e de que maneira, e a maneira como o prof. Fidalgo o usa aliando-o à sua capacidade intelectual e suas convicções (extremamente fortes e decididas) só podem (e aqui corro o risco porque não conheço tão bem os outros candidatos) ser o melhor para a UBI.
Obviamente que outras qualidades serão também importantes, mas com orgulho por ter tido a sorte de alguém do calibre do prof. Fidalgo me ter ensinado, achei por bem falar na que mais me impressionou e que será, sem dúvida, uma mais valia na sua gestão, não só para quem vem de fora como enunciei em cima, mas também, e mais importante, para quem está por dentro. Porque duvido que sob a capa do prof. António Fidalgo a incompetência tenha alguma hipótese na UBI, assim como não tinha nas suas aulas.
Sei que para o que pode controlar vai ser brilhante, para o que não puder, desejo-lhe a maior sorte do mundo e um muito obrigado por ser uma das referências mais marcantes na minha curta vida
Para o Professor António Fidalgo o que é investigação internacionalmente reconhecida? São papers ISI ou não? Os parâmetros de avaliação são os mesmos nas áreas da Filosofia e Artes, comparativamente com as ciências exactas, engenharias, ciências sociais? Gostaria muito de ouvir a opinião do Professor António Fidalgo sobre este assunto. Agora também lhe digo Professor Fidalgo: A sua faculdade é muito boa e pode ser comparável ás melhores de Portugal na sua área. Aliás, em termos globais, só as faculdades de Artes e Letras e Ciências da Saúde podem ser comparáveis com outras faculdades das melhores Universidades Portuguesas. Embora seja um apoiante do professor João Queiroz (sem direito de voto), e não concorde com algumas das sua ideias, tenho de lhe dizer que admiro a forma como, em pouco tempo, conseguiu colocar a sua faculdade como uma das melhores de Portugal na sua área. Por isso lhe digo, se não ganhar o Professor João Queiroz, que ganhe o Professor ou então o Professor Jorge Barata. Quero que ganhe um Professor very good, não um que foi classificado com good - . Boa sorte para as eleições Professor António Fidalgo. E, independentemente do resultado, continue sempre a prestigiar a UBI.
ResponderEliminarDe forma a terminar a especulação em torno da demissão ou não do cargo de vice-reitor, informa-se que saiu ontem em DR o pedido de demissão do Prof. Queiroz, do referido cargo, com efeitos a partir de 3 de Março, inclusive.
ResponderEliminarQueiram os interessados/aflitos consultar.
Ninguém anda aflito meu caro "Anónimo". O Sr. é que aparece aflito em divulgar a noticia. O que é que isto aquece ou arrefece relativamente ao que se está a discutir? Nada! Zero! Nickles! Não perca tempo com coisas pequenas. É necessário discutir os assuntos a fundo como faz o Prof. Fidalgo.
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